Com a temperatura batendo recorde dia após dia, manter a temperatura dos alimentos refrigerados é um desafio para os estabelecimentos comerciais e industriais. Na tentativa de evitar perdas é comum aumentar a potência de geladeiras, freezers ou câmaras frias. É assim que você faz? Saiba que essa mudança não resolve o problema e, em muitos casos, pode também estragar os alimentos armazenados.
“Quando o equipamento está trabalhando na potências máxima, acaba transformando o calor do ambiente, que entra cada vez que a porta é aberta, em cristais de gelo na parte interna. Ao invés de melhorar a refrigeração do alimento, ele pode congelar certas partes e danificar o produto”, explica o diretor da Qualisan, Daniel F. S. Campos.
Ele detalha que essa situação é comum em épocas cuja temperatura está elevada por longos períodos e também nas cidades do litoral. Por isso, a orientação é manter a geladeira ou freezer na temperatura média e evitar ao máximo abrir a porta do equipamento. Além disso, os alimentos mais sensíveis devem ser colocados distante da porta e na parte inferior, que é a mais fria.
“Quanto menos abrir a porta, diminuí a quantidade de vezes que o ar quente entra no equipamento e desestabiliza a temperatura interna”.
Fora da refrigeração
Já os alimentos que estão expostos à venda, como em restaurantes por quilo, a solução para manter a qualidade é reduzir ao máximo o tempo fora da refrigeração. Por isso, coloque nos balcões de serviços pequenas porções, deixando a outra parte do alimento refrigerada. E reponha sempre que for necessário.
“É inviável manter a qualidade do alimento no calor, por isso muitos estabelecimentos não servem itens como maionese e até feijoada. A solução é deixar o produto exposto em cubas rasas, assim acaba mais rápido e fica menos tempo no calor”.