Já passa de um mês que a suspeita de contaminação química em uma cervejaria de Minas Gerais é assunto na mídia nacional e gera discussões sobre como a substância dietilenoglicol teria entrado em contato com a bebida. Até agora foram 27 suspeitas de intoxicação pelo consumo da cerveja, sendo que cinco resultaram em morte, além de quatro casos de intoxicação confirmados, entre eles uma morte. Uma situação que serve de alerta a todas as empresas ou estabelecimentos do setor de alimentação pelos riscos que uma contaminação pode representar.
“São muitas as situações corriqueiras que podem resultar em uma contaminação seja ela química, física ou biológica”, explica o diretor da Qualisan, Daniel Campos. Segundo ele, as doenças e mesmo as mortes associadas ao consumo de alimentos são mais comuns do que se imagina. “Nem todas têm a mesma repercussão ou atingem um grande número de pessoas, mas podem ser relacionadas a algum procedimento incorreto seja na produção, transporte, recebimento, armazenamento ou manipulação final do alimento”, destaca.
Entre os tipos de contaminação que podem ser enumeradas está a química, que foi o caso da cervejaria de Minas Gerais mas que já foi registrada em outras situações. “Um caso grave ocorreu no ABCD Paulista na década de 90, quando quatro pessoas morreram e mais de 160 passaram mal pela bebida conhecida como ‘bombeirinho’ contaminada com metanol em uma casa noturna”, lembra Campos.
O diretor da Qualisan acrescenta que também é preciso atenção às contaminações físicas, que ocorrem quando um corpo estranho está presente no alimento. “Pode ser um fragmento de osso, madeira, inseto, um objeto qualquer que, se ingerido, também representa risco a quem consumiu”, diz. Por fim, ele alerta para as contaminações biológicas, por bactérias, parasitas ou outros microorganismos nos alimentos.
“Há muitas doenças comuns e de tratamento mais simples, como as diarreicas, mas outras de natureza grave também podem ser provocadas pela contaminação biológica”, comenta Campos, que usa como exemplo o botulismo. Segundo ele, essa doença muito associada ao consumo de palmito já provocou vários casos que foram fatais. “Com o tempo, tanto a indústria quanto a fiscalização passaram a combater os agentes causadores desse tipo de contaminação no palmito, mas o botulismo passou a ser associado a outros alimentos, como tofu e milho em conserva. Isso significa que a vigilância deve ser constante já que tanto as bactérias quanto os alimentos sujeitos a elas passam por mudanças”, alerta.
Campos ressalta que só um controle rigoroso de todos os procedimentos que envolvem da produção ao consumo dos alimentos pode evitar todos os tipos de contaminação. “Os riscos estão nos detalhes e, por isso, é tão importante contar com profissionais qualificados que cuidem especificamente das normas sanitárias para que nada saia dos padrões”, relembra o diretor, que ainda completa frisando a necessidade de colaboradores que passem por treinamentos e reciclagens frequentes para que compreendam seu papel na garantia da segurança dos alimentos.
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