Delivery de alimentos: dicas para agradar seu cliente

By 3 de dezembro de 2020dezembro 4th, 2020Dica técnica, Legislação, Serviços Qualisan
Delivery exige cuidados especiais

Com a pandemia da Covid-19, praticamente todos os negócios do setor de alimentos se viram diante do desafio de adaptação ao modelo funcionamento por meio do delivery. Muito além das pizzarias e lanchonetes – já habituadas a esse sistema – estabelecimentos que servem refeições mais elaboradas, sobremesas e todo tipo de prato também precisaram aderir ao serviço de entrega para levar seus produtos ao consumidor. Para você, empresário dessa área, que busca mais qualidade e segurança sanitária para seu sistema de delivery, a Qualisan Consultoria traz algumas soluções.

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“Normalmente, antes da pandemia, a implantação do delivery envolvia estudos mais amplos de mercado, testes com as receitas, embalagens, mudanças na estrutura da cozinha. Algo que os estabelecimentos não tiveram tempo hábil para fazer quando precisaram fechar as portas, mas que a Qualisan trabalhou para proporcionar apesar das limitações impostas pela quarentena”, destaca o diretor geral da Qualisan Consultoria, Daniel de Freitas Souza Campos. Para ele, agora é o momento de rever aquilo que foi feito às pressas para garantir mais qualidade e competitividade aos estabelecimentos.

O que não pode faltar num serviço de delivery seguro?

Cardápio Adaptado:

Não são todas as preparações ou alimentos que podem ser servidas no sistema de entrega. Em alguns casos, a perda de qualidade é tão grande que não vale o risco de manter o prato no cardápio de delivery, pois o consumidor irá se decepcionar com o alimento entregue e isso certamente gerará reclamações. Alguns exemplos de preparações difíceis de adaptar ao sistema de delivery são frituras em geral (pastéis, salgados, batatas fritas) que precisam manter-se quentes e crocantes, bifes mal passados e até algumas sobremesas, com coberturas e decorações.

Estrutura para preparo dos pratos

 Uma situação comum nesse período de pandemia, foi a adaptação de áreas dos restaurantes – que antes eram destinadas a receber clientes, mesas, decoração – passando a ser utilizadas para a organização do delivery, com linhas de montagem das embalagens e dos próprios pratos. Agora, com a retomada das atividades presenciais da maioria dos restaurantes, evidencia-se uma dificuldade: como manter o delivery forte, retornando ao espaço físico disponível anteriormente?
Não é uma questão fácil. O que deve ser feito é uma nova adaptação, respeitando, contudo, as necessidades técnicas das preparações destinadas ao delivery. Um restaurante, por exemplo, que trabalhe com self service, não deve jamais utilizar o buffet exposto aos clientes como fonte para a montagem das preparações que irão via delivery. Isso expõe o consumidor a riscos. O alimento que será destinado ao delivery deve sempre ter sua preparação e espera na parte interna da cozinha, sem misturar com o self service.
Da mesma forma, as embalagens – que muitas vezes precisam ser montadas e ocupam muito espaço – não podem competir com a área de manipulação dos alimentos, na parte interna da cozinha. Esse é um procedimento que também traz riscos à segurança dos alimentos, além de – em muitos casos – fazer com que o cliente do delivery receba seu alimento em embalagens engorduradas ou sujas na parte externa, por exemplo, um fator de perda de qualidade.

Embalagens adequadas

Mais uma decisão importante para os estabelecimentos que aderem ao serviço de entrega: a embalagem ideal para transporte dos pratos. A escolha errada da embalagem pode comprometer não só o sabor, mas também a disposição de cada item do prato em seu interior. O tipo de alimento oferecido e o tamanho das porções devem ser levados em conta. Tudo para garantir a melhor experiência ao consumidor não só ao receber, mas ao higienizar a embalagem e depois consumir o prato.

“A embalagem é o primeiro contato do cliente com o produto, antes mesmo de comer ele já estará avaliando a refeição pela forma que ela é acondicionada na embalagem”, lembra o diretor da Qualisan. No serviço de consultoria, técnicos especializados avaliam – junto ao estabelecimento – a escolha do material e formato da embalagem mais adequados ao tipo de alimento e ao tempo estimado de entrega. Algumas opções:

  • Isopor: ideal para alimentos sensíveis à variação de temperatura;
  • Alumínio: indicado especialmente para conservar alimentos quentes, é leve e ajustável a diversas necessidades, além de valorizadas por serem recicláveis;
  • Papelão: versáteis e disponíveis em grande variedade de modelos, cores, formatos, podendo ser usado como proteção dos produtos para entrega pela rigidez necessária para manter o produto no lugar;
  • Papel cartão resinado: com fechamento a partir do selamento, garante uma vedação muito eficiente. Pode ir ao forno e ao freezer para congelamento, sendo adequado para massas;
  • Plástico: oferece praticidade, é altamente higiênico e destaca visualmente o alimento para entrega, com apelo estético para produtos como bolos, tortas, sushis, temakis, entre outros.

Protocolos sanitários

Os protocolos sanitários divulgados na pandemia são imprescindíveis, pois muitos dos clientes que vão utilizar seu delivery o fazem justamente por estarem procurando proteção, preferindo consumir alimentos na segurança de seu lar. Por isso, para não decepcioná-los, investir na rigorosa implantação e divulgação desses protocolos – inclusive com “selos de qualidade” ou informativos que cheguem aos seus clientes junto com os alimentos entregues – é uma boa iniciativa.

Treinamento dos entregadores de delivery

Os entregadores tem um papel fundamental, tanto no ato do transporte quanto no momento da entrega, em contato direto com seu cliente. Por isso, é interessante reforçar as orientações aos entregadores, quanto a vários assuntos:

Durante o transporte: o entregador deve saber que tipo de preparação está transportando, é importante que eles conheçam a carga que estará sob responsabilidade deles para diferenciar os cuidados, por exemplo, de preparações que levem “caldos” que podem derramar ou então de “frituras” que devem chegar o mais crocantes possível aos clientes. A forma de acomodar os itens no baú de transporte, bem como os movimentos das embalagens nesse processo, podem afetar radicalmente a qualidade final.

Após o transporte, vem o momento crucial: o contato com o cliente. Nessa hora, algumas recomendações que fazem parte de nossos treinamentos aos entregadores:

  • Levar consigo álcool gel para utilizar entre uma entrega e outra;
  • Ao retirar o capacete, o entregador já deve estar de máscara e com o nariz e boca cobertos;
  • Nunca colocar o pedido no chão;
  • Higienizar as máquinas de cartão com álcool 70% antes do cliente pegar a máquina (preferencialmente à vista do cliente) e após cada entrega;
  • Solicitar ao cliente que ele mesmo insira o cartão de débito ou crédito na máquina;
  • Manter distância mínima de um metro e meio de quem recebe a mercadoria;
  • Para facilitar a higienização, as máquinas devem estar cobertas com filme plástico;
  • Ao retornar ao estabelecimento, o profissional responsável pela entrega deve repetir a lavagem das mãos com água e sabão líquido;